sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Toda noite tem platéia.

A sinfônica toca uma música estranha, descompassada... o Maestro não quer ouvir mais, não quer tentar corrigir. Não há como corrigir. Foram noites e noites seguidas tocando a mesma canção, desafinando nos mesmos acordes, errando o tempo da execução. O show ficou triste! A coluna dói, os brações também e tudo é reflexo da dor interna, que, numa violenta revolta, transpassa o espaço espiritual e mostra-se no corpo. Mostra-se no rosto, mostra-se no resto.
O espetáculo é descontínuo, mas não vai parar. Toda noite tem platéia. Toda noite tem show. Todo dia tem dor. Todo dia tem choro!
O Maestro quer descansar!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um par de um

Eu gosto de começar narrativas com um "É como se fosse".
É ingênuo, é esperançoso, é como se algo - verdadeiramente - fosse mudar.
E ás vezes...
É como se fosse uma manhã de outono britânico, um café na calçada, folhas caindo,
duas cadeiras, duas xícaras, tudo num par.
Um par de um.
É uma pena meu outono britânico tardar tanto a chegar.
É uma espera interminável
É como se sempre houvesse uma xícara,
uma cadeira
Um par de um.
Um triste par de um
É como se fosse impossível.

e talvez seja.

sábado, 12 de novembro de 2011

Oasis


Era sonho sem esperança
Vontade sem esforço
Amor sem paixão.
Era oasis distante no deserto interminável.
Ás vezes não era nada.
Algo novo virá.

Deixa chegar o sonho/ prepara uma avenida/ Que a gente vai passar.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sublimar

A imagem se desfaz. 
Talvez não seja pela mudança dela, mas sim pelas palavras, pelos olhares, pela recusa de admitir ter sido bom. É como se fosse uma sublimação forçada desse sentimento ruim. E, que, talvez, não seja tão ruim.
A constatação da não mais existência desse amor romântico dói. É incomensurável.
É como desconstruir o único porto que eu frequentava. Fazer o mar desandar.
Já que falei em dor... É sentimento único, é sentimento meu. Sentimento que não povoa você, sentimento que não te assola.
Tá tudo tão chato, homem. Tá tudo tão confuso.
A vida fica assim sem você.

"Talvez eu deva ser forte, pedir ao mar por mais sorte e aprender a navegar."

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Calmaria pós-moderna

Buzina.
Vendedor ambulante.
Fone de ouvido.
Marcelo cantando, cantando e cantando.
O motor.
O pedinte.
Inerte, sentado no lugar individualista
Tentando achar algúm desprendimento.
Tentando manter essa preguiça aparente.

sábado, 22 de outubro de 2011

Pra te amar

Escrevo esses textos pobres pra te amar.
Ando do seu jeito pra te amar
Falo a sua língua pra te amar
Te ouço pra saber reproduzir sua vontade com exatidão
E veja, tudo isso é somente pra te amar.

Me nego pra poder te amar
Renego a todo desejo pra poder te amar
E ate amo outros...
Mas acredite, é um motivo a mais pra te amar.

Tenho toda a vida.
Toda a eternidade
Todas as possibilidades das palavras,
Todos os gestos...
E sempre será pr'eu te amar.

domingo, 2 de outubro de 2011

Poderia ser

O cheiro que ficou na minha camisa não é o seu.
A mordida no meu pescoço não foi feita por você.
Dói tanto viver tentando te substituir.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Eu vivo tão só

Quem há de suportrar um amor que já nasceu fracassado?
Quem há de querer um amor que não se faz amar?
Quem tentará continuar?
Indo e vindo. Vindo e não indo.

Longe e... longe.
Apenas longe.
Ninguém vai suportar.
Ninguém vai amar.

Não tente impor esse gostar.
Não novamente.
Gostar é gostar mesmo longe.
Gostar quando se está perto é cômodo.

Amar é abdicar.
Amar é sentir saudade.
Amar é não ter você e te ter.
Amar você é sofrer.
Saudade.

domingo, 11 de setembro de 2011

Amém

Seu sorriso falso não esconde.
Não há nenhuma boa intenção.
Não há nenhuma resignação.
Não sei o por quê de tanta hipocrisia...
Tantas palavras soltas, tantos abraços forçados.
E quem saberá? Quem fará findar? Quem?

Homem de meias palavras.
Homem falido.
Homem sem alma;
Homem condenado a solidão.

Não, não será a minha doce solidão.
Não haverá de ser a nossa solidão.
Havera, sim, de ser o seu lugar.
O seu penar. O seu sofrer.
Haverá de ser.


Amém.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Perene

Deixe que passe.
Que o passo apresse.
Que o tempo leve.
Leve o que o tempo não levará.
Que tudo seja perene.
Perene desde que seja bom.
Desde que seja sincero.
Assim... como tiver de ser!
Perene o amor tornar-se-á.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Pimenteira

Foi curioso. É, curioso...
Eu estava parado, mudo, me fazendo ficar invisível.
E ela, ela estava toda apaixonada.
Finalmente uma pimenta havia nascido naquele pé de pimenteira.
Mas será possivel, meu Deus? Uma Coisa tão ínfima...
De onde será que vem toda essa pureza? Toda a graça dos cabelos dourados.
Dourados como a pele, como sol que ilumina sua nova filha.
Mesma filha que um dia será devorada pela vontade de fazer arder!
Por agora, vida ela ainda tem.
Por agora, ela ainda se destaca no meio do concreto.
Mas não há motivos pra desespero...Ela um dia renascerá.
Coitada. Renascerá.
Fadada a viver - ou morrer - nesse ciclo perverso.
Coitada dela. Coitada da pimenteira.

domingo, 14 de agosto de 2011

Voraz

Eu, homem, precisava do seu abraço.
Eu, menino, precisava do seu colo.
Eu, enquanto qualquer coisa, preciso de você.
Preciso te viver. Preciso te ver... te ter!

Você vai levando a vida assim,
Nesse desgosto,
Nessa meresia.
Acorde, homem!
É tempo de se fazer tempo.
É tempo de ser voraz.

Há um conflito interiorizado,
Uma questão de múltiplos desafios.
Há uma vida pra ser vivida.
Há um vida que quer ser vida!
Viva.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Limite

Repousar na vontade de ser alguém.
Sentar e observar o mundo se fazer mundo.
Ver o homem acabar com o próprio homem.
Ver o homem ser amante de outros homens.

Sentir a distância abrandar-se a cada segundo.
Sentir-se pujante.
Sentir vontade de ter vontade.
Vontade do passado não ser mais presente.

Esse deve ser o limite de tudo.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Desgostar de mim.


Que ainda haja um espaço pra mim
Que mesmo assim - tímido - meu espaço esteja lá.
Nem que seja apenas na hora da dor, do desconforto...
Eu quero meu bem. Eu quero estar do seu lado.
Independente da classificação que minha posição vá receber.
Amigo. Namorado. Melhor amigo...
Não sei, não sei e continuo sem saber.
Não sei até onde vai meu querer.
Até onde vai meu penar.
Até onde vai meu gostar por você.
Meu gostar de desgostar de mim.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Azul

Da minha janela eu vejo um céu azul.
Límpido, virgem, puro...
Ansioso por nuvens, pássaros... Ansioso por alguma vida.
E eu? Não; não quero dar vida alguma a ele.
Não quero dar amor, não quero dar nada de mim.
Não quero me esforçar por nada disso.
Quero recomeçar a viver.

domingo, 3 de julho de 2011

Tão João

Talvez ele esteja perdendo as duas
João não se decide.
Maria quer ele pra sempre.
Ana apenas o quer.
Não importa por quanto tempo... ela quer!

Maria é carinhosa, meiga e sonha com a vida de casada.
Ana é isso tudo e ainda é capaz de deixar ele louco na cama.
Ambas passam a noite em claro esperando a ligação do sujeito.
João não se decide.

Maria é emotiva... faz ligações apaixonadas.
Ana é movida pelo impulso. Liga 'chutando o pau da barraca'.
Elas só querem atenção.
João não se decide, meu Deus.

Maria, ahh, Maria. chora toda noite. Toda noite se odeia por ama-lo.
Ana... pobre Ana. Também chora. Tem vontade de amar outros, mas coragem lhe falta.
Elas só precisam de amor.
E ele... tão omisso. Tão 'João'...

Cresceram pra ser Amélia.
Cresceram com João no coração.
Cresceram e não sabem o que é amar.
E joão... João ainda não se decidiu.

Ele vai perder. Ele vai sentir. Ele vai sofrer.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Finda


Fogo colorido que brilha no céu.
Traz a lembrança de sonho que nunca vivi...
A vontade do cobertor faltar, por dois ocuparem a mesma cama.
Do sono ser rápido por se amarem muito.

O som do piano distante.
Distante, mas mais perto do que o gostar.
O som do coração se perdendo.
Muito barulho fazendo-o esquecer a tranqüilidade de amar.


O tempo vai passando.
De sonho, o coração se esvaziando.
A cama cada dia mais vazia.
O sono rápido pelo sofrer, pelo sentir falta.


Não há motivo pra levar a vida desse jeito...
Vazia.
O sonho transforma-se no querer.
Querer ser vazio de você.

Amor que finda.
Amor que faz sofrer.
Amor que faz chorar.
Amor que quer encontrar a imensidão  do mar.


'São como um rio, correndo pra trás'

domingo, 26 de junho de 2011

Mourejar

Por onde andava essa dor.
Voltou sem avisar,
Voltou levando minha paz
Minha segurança!

Você vê graça no meu penar.
Você não sente meu carinho,
Você fingi não ver.
Eu não sei nada de você!

Talvez por não saber ainda goste tanto do seu ser.
Ainda sinta tanta falta do seu calor.
Há tanto querer.
Há tanta dor.

Só o que não existe é o seu gostar.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Versinho

Não é abdicar do eu.
Não significa esquecer de si.
Talvez um pouco de abnegação.
Um pouco de sofrer por outrem...

Largar-se ao vento.
Pois é...
Não existe outra forma, pelo menos ao meu ver, de gostar de alguém.
Vê se me ajuda a viver nesse mundo.

E se esse versinho simples não te conquistar... ah... não há mais salvação pra esse amor.




quinta-feira, 9 de junho de 2011

Caminha

E foi tão fácil começar.
Tão fácil gostar, sentir carinho, sentir saudade.

Eu não sei se desculpo suas intenções.
Não sei se me culpo por alguma coisa.

Grande verdade é que ainda quero te ver.
Ainda quero sentir o nervosismo de estar com você.

Sentir meu coração disparar quando você apontar na esquina do corredor.
E me sentir um idiota quando você for embora.

Não saberei mais, meu bem, por quais ruas você está caminhando
Que outros homens você vai amar.

Não saberei onde te encontar.
Ou... é. Eu vou saber sim.

Me faça ficar mais forte, mas não me faça sofrer tanto.
Não sofra depois que o meu sofrimento passar.

Talvez ainda haja lugar pra você.
Talvez outro homem já tenha virado rei no seu lugar.

sábado, 4 de junho de 2011

Mais do que meu próprio eu.

Ficar em silêncio é gritar para dentro.
Não abstenha seu direito de ser feliz.
Não se cale.
Não precisa ser contido.

Mas, meu bem, não conte pra ninguém como eu te faço feliz.
Não faça alarde desse nosso amor.
Não se cale.
Não seja fácil.

Queria liberdade. Consegui.
Perdi o obejtivo principal.
E agora?
A liberdade tornou-se mais do que meu próprio eu.

Vida abastada.
Vida sem graça.


"Freedom, freedom never greater than its owner
No view is wider than the eye"

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O problema da felicidade

Certas situações devem ser vistas com amor, carinho e ternura.
Tudo que não há em mim.
Tudo que abandonei a um certo tempo.
Tudo que não me faz falta.

Passo por constantes mudanças, mas me limito a falar do gostar,
Do sofrer, do chorar.
Não falo dos dias felizes, das tardes graciosas,
Do amor que recebo todos os dias.

Não escrevo sobre como é complicado reerguer uma vida,
Mas fiz questão de documentar a triste queda.
Qual o problema em contar as coisas boas, homem?
Qual o problema em, de vez e quando, aceitar a felicidade que lhe é cedida?

Ser feliz não é ser fraco.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Amar sem amor.

Que lindo seria, meu amor, se você ainda fosse meu amor.
se você, fácilmente, aceitasse o convite de me abraçar.
Lindo seria, se você não tivesse esquecido todos nossos dias juntos.
Se você não esquecesse o quanto foi bom.

Meu bem, largue esses homens.
Largue esses sonhos vazios.
Largue esse sorriso forçado,
Esse amor sem verdade... Esse amor sem amor.

Deixe tudo, meu bem.
Deixe e eu deixo sua vida melhor.
Deixe ser como foi.
Deixe nosso amor ser amor.

domingo, 24 de abril de 2011

Ou não dá.

Tu.
Dono meu... Me maltrata e me ama.
Me ama e não aceita meu jeito;
Tu és ou não homem meu?

Mas ó. Não pense que não vou sentir.
Não sei, meu bem. Nem sei onde você está agora.
Nem sei, meu bem, se você ainda é meu bem.

Não vou mais poder ficar sem te ver.
Sem te ter.
sem você.

"Caberá ao nosso amor o eterno ou não dá."

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Em qualquer parte sempre fica todo.

Não.
Não é bom começar negando.
Não é bom começar tão forte.
Não é bom.
Não é não!

Vivo momento de crise espiritual? não.
Não me enxergo exagerado, não.
Não sou efusivo.
Não sou. Não, não e não!

Paradoxal de tempos em tempos.
Escondo a mudança. Não quero parecer indeciso.
Mas logo decido, logo mudo, logo largo.
Não queria ser barroco, não.
Não queria, mas sou.
Não sou filho do arcadismo, do modernismo, muito menos do parnasianismo.
Sou barroco. Sou ou não?


Em todo o Sacramento está Deus todo,

E todo assiste inteiro em qualquer parte,

E feito em partes todo em toda a parte,

Em qualquer parte sempre fica todo."

(Gregório de Matos)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Alma pequena

Voltando pra casa, num calor de 34ºc, pensei:
Quando isso tudo vai acabar?
Um dia vai mudar?
Eu vou ter vontade pra ir até o final?

Meu Deus... Que tormento!
Eu vivo fugindo de questionamentos e, do nada, me faço tantos.
Tantas questões e poucas respostas!

Me contento com o que às pessoas podem me oferecer,
Mas não se iluda. Não gosto de nada pouco.
Não sou homem de alma pequena.
Não tenho vontade restrita ao seu querer!

Não quero ter o mundo.
Não quero por saber que não terei.
Simples.
Não luto pelo inalcançável.
Só luto por aquilo que faz meu coração disparar.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Zé, queria agora estar deitado no seu colo.
Zé, queria poder olhar nos seus olhos, saborear sua delicadeza.
Quero estar perto. Perto ao ponto de nos tornarmos um só, Zé.
Zé, sinto falta do seu beijo, do seu jeito.
Sinto falta do seu sotaque, Zé.
Sinto-te, mesmo longe.

Eu nunca te disse.
Mas, ohh, Zé...
Ficar sem você é um tormento.
É pensar em você desde o despertar até o adormecer.
É desejar, Zé, que você estivesse do meu lado.
Me fazendo companhia, me fazendo feliz.

Zé, não me maltrate.
Te esperei o verão todo.
Contando dia após dia, minuto por minuto, segundo por segundo.
E você, Zé? Você me deixou esperando na janela.
Esse ultimo tempo sem você foi difícil. Foi triste e cinza.
Zé, demore, me engane, mas venha.
Venha ser meu.
Venha ser meu Zé.
Venha ser meu, Zé.
Venha, meu José!

domingo, 20 de março de 2011

18

Estava pensando... Amanhã faço 18 e não sou nada do que idealizei. Mas tá. Já decidi quais são as coisas que quero ser aos 25. Caminho meio incompleto, caminho meio sem saber por onde caminhar. Afinal, qual o meu caminho? Em quase 18 anos vivi a glória de ser o primeiro filho, o primeiro neto, o primeiro a desapontar todo mundo. O primeiro a lutar contar gente mais forte, gente muito mais pujante, gente que lutei sabendo que ia perder. Gente que, ao meu ver, não merece ser, nem existir. Por melhor que um dia tenha sido pra mim. Mas idaí, minha gente? Eu sou ousado mesmo. Brigo e digo na cara o quanto odeio cada atitude patética. Brigo, mas também sei dizer que amo. Ninguém é completamente vilão... nem mesmo eu. Também não sei amar ninguém completamente, não sei e não escondo. Deixo claro com atitudes, com palavras e até mesmo com um ' vá se f*der'. Inconstante. Não aprendi a perdoar. Eu até desculpo, mas não esqueço... e até me orgulho disso. Sou feito de besta uma vez, duas e até permito uma terceira. Depois disso eu faço de conta. Faço de conta que amo, que sinto falta, que fico alegre de ver. E não sou uma má pessoa. Só tenho 18 anos, muita coisa pra contar, muita gente pra amar e ninguém pra chamar de meu porto seguro.

sábado, 19 de março de 2011

...Que você me queira

É.
Questionável solução que você arranjou pra me dizer não.
Pra dizer que ia embora.
Bastava dizer. Não precisava ir e gritar que foi embora.
Sussurrando letras tão carinhosas.
E eu aqui. Revoltado.

Supondo sua segunda intenção, eu perco o controle.
Me torno violento.
Me torno refém da sua vontade.
Pare de ensaiar esse começo.
Pare de ensaiar nosso começo.

Tá na hora de me amar.


sexta-feira, 18 de março de 2011

Março

Março.
Mês de águas fortes, mês de tormentas.
Mês de tormentos.

O mar se revolta, mostra sua força, mostra sua coragem.
Me escondo. Me protejo. Quero abrigo.
Fico frágil, começo e termino amores.
Começo mais do que termino.
Às vezes não termino e tenho que esperar o próximo mês das ondas revoltosas.

Março, traga alguma coisa boa. Traga alguma outra coisa além da nova idade.
Alguma coisa além da nova ilusão de que tudo vai mudar.
Traga e não leve.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Em mim..

Aquela velha história de dar valor depois que perde. Eu odeio admitir... odeio mesmo.
Sinto falta do cheiro do mar, falta da calma, falta de um lugar pra desaguar.
Falta de atravessar a rua e estar lá. Lá pertinho de meu porto seguro. Pertinho do meu tormento.
Me trancar e sumir. Sinto falta da minha preguiça de falar, preguiça de ir.
De ir pra colina, sentar, beber um vinho vagabundo e rir a tarde toda.
De ter todo mundo perto, mas conseguir mantê-los longe, quando necessário.
De reclamar do sol forte e esperar anoitecer pra me jogar nos braços do mar. Infinitos braços.
Bater a porta ao lado da minha e ter aqueles olhos azuis me observando. Me chamando pelo apelido único e tão cativante. De deitar e reclamar do seu cabelo que caiu no meu olho. De te acordar com um beijo e dizer: 'Bom dia, Manon.'
E toda vez que volto pra lá, me pergunto se nunca mais voltarei pra ficar. Ficar pra sempre.
Sinto falta. Tanta falta. Falta tanta coisa. Tanto em mim, quanto em vocês.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Novamente

Alguém que me traga paz;
Alguém que me dê conforto;
Alguém que me ligue todos os dias;
Alguém que me ouça e me entenda;
Alguém que dê o seu melhor por mim;

Alguém que traga mudança.
Mesmo eu sendo consciente de que a mudança só acontecer pela 'porta de dentro'.
Mesmo que eu tema.
Mesmo que eu fique indisposto.
Mesmo que, por vezes, eu não queria nada disso.

Estou ficando cansado de recomeçar.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Se

Você sangra sem sentir.
Chora sem derramar uma lágrima.
Corre sem se mover.
Abraça sem sentir-se abraçado.
Você sente não poder realizar.
Sente estar longe.
Você sente que pode estar perdendo.
Tanto sente que implora sentir-se vivo, alegre...
E se não sentir?
E se...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Não há.

Cansado de falsas inspirações.
De ser comedido, de não poder.
De perdoar, de esquecer, de sentir muito.
Sentir.

Tudo vai ficar bem se eu sofrer um pouco mais?
Quanto é a medida desse pouco?
pouco. me poupo. fico louco.

Não existem mais condições de deixar ficar.
Deixar crescer, cuidar, amar.
E quando não há.... simplesmente não há.
Não há.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Descrito com uma palavra.

Nada a ser comemorado nesse dia.
Você não merece parabéns, felicitações ou qualquer coisa do tipo;
você não merece nada.
nem consideração, nem amor, nem desprezo, nem pena.
Nada.
Palavra que, aliás, combina tanto com o que você é.
Nada

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Motivos pra sorrir?

Não saber como começar não é bom jeito de se começar algo.
Mas, muitas vezes começo a escrever aqui assim...sem rumo, sem assunto, sem nenhum sentimento!
No final tudo muda, me exponho, faço minha vida ficar clara, de uma forma que não era pra ser feita.
Sempre fui dependente...
de um carinho, de um abraço, de um beijo, de um elogio.
De tanta coisa. Precisar assim não é um bom sinal... É ser vulnerável, ser incapaz de suprir seus próprios anseios.
E acreditem, meus caros. Sou isso tudo e ninguém nunca percebeu. Sou isso e sou na minha.
Choro calado, sinto falta calado, fico feliz calado...
Me escondo quando quero ser notado. Me exponho pra ser criticado.
Até amar, que era meu esporte favorito, eu não quero mais.
Que porra! Não quero mais nada que me afaste do meu verdadeiro querer.
Virei escravo do 'ser'.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Mudança.

Descobri que aquele lugar não é meu.
Descobri que tenho outro abrigo.
Descobri novos amigos,
Perdi alguns que se diziam fiéis.
Aprendi que mudar não é só dizer: 'Mudei'. e pronto... mudou.
No final das contas, perdi muito. Muito mais do que já havia perdido.
Mas não me desesperei, não chorei, não sofri.
Perdi assumindo os erros.
Perdi tendo consciência de que o que ficou foi a parte mais importante.
O essencial.
Ficaram e ficarão .Não abro mão.
Seria abrir mão da minha felicidade.
Ou dos poucos motivos que restaram...

“Mudei muito, e não preciso que acreditem na minha mudança para que eu tenha mudado.”
- Caio Fernando Abreu.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Cancel on me.

Eu não quero amor.
Não esse tipo de amor, esse amor que não quero corresponder.
Esse amor que tive, cuidei, me dediquei e no final chorei.
Deixei de viver minha vida, vivi a sua.

E você?

Eu não queria ter que cair novamente nesse assunto,
Mas não dá. Sempre volto pro mesmo ponto.
Não quero e não quero perder.
Não quero e não quero ter.
Afinal, que diabos nós dois queremos?

domingo, 16 de janeiro de 2011

Estar só.

Gostar de alguém é uma das coisas mais complicadas pra mim. Não pelo fato de 'ir com a cara' da pessoa, mas pelo fato da minha imensa e descomedida entrega. Nunca soube me doar pela metade, gostar mais ou menos, fazer o possível...
Gosto tanto, ao ponto de esquecer que tenho que me gostar, me cuidar...
Não tenho mais tanta paciência pra essas auto-analises. E, sim, me esforço muito pra guardar esse tipo de reflexão.
Só queria saber me controlar.
Só.

'Isso nunca aconteceu com você? Reluto entre dar-lhe os parabéns ou os pêsames. Por um lado, é ótimo ter controle absoluto de todas as suas ações e reações, ter força suficiente para resistir ao próprio desejo. Por outro lado, como é bom dar folga ao nosso raciocínio e deixar-se seduzir, sem ficar calculando perdas e danos, apenas dando-se ao luxo de viver o seu dia de Pigmaleão.'
Martha Medeiros

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tanto querer.


Quem vai te chamar pra brincar?
Posso usar minha palavra pra te descrever?
Posso te mostrar o caminho pro esquecimento?
Posso?

Queria ter tanto poder.
Todo esse meu querer sobre você... quero tanto que acabo te querendo longe!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Nada no meu horizonte


Tenho inveja de quem escreve sem ter motivo algum. Não sou assim...Escrevo quando sofro, quando sinto, quando quero fazer sentir. Não tenho tido vontade de executar meu ritual de exorcismo.
Não tenho vontade de nada.
E pensando bem... é assim que tenho me sentido. Um nada.
Mesmo sabendo que não sou, sabendo que tenho pessoas incríveis por perto!
Cansei do 'não ser', cansei do ter que amar, do ter que ser o melhor.
Já não sou o melhor a muito tempo e não me sinto envergonhado.
Certa feita, Madonna disse:
"Sei que não sou a melhor cantora, nem a melhor dançarina, mas quero marcar a diferença"
Estou nesse ritmo. Querendo ser a diferença. Independente de ser o melhor ou o pior. De ser ou não.
Só não quero mais viver do jeito que tenho vivido!

'That I would be good even if I did nothing
That I would be good even if I got the thumbs down
That I would be good if I got and stayed sick
'