terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um par de um

Eu gosto de começar narrativas com um "É como se fosse".
É ingênuo, é esperançoso, é como se algo - verdadeiramente - fosse mudar.
E ás vezes...
É como se fosse uma manhã de outono britânico, um café na calçada, folhas caindo,
duas cadeiras, duas xícaras, tudo num par.
Um par de um.
É uma pena meu outono britânico tardar tanto a chegar.
É uma espera interminável
É como se sempre houvesse uma xícara,
uma cadeira
Um par de um.
Um triste par de um
É como se fosse impossível.

e talvez seja.

sábado, 12 de novembro de 2011

Oasis


Era sonho sem esperança
Vontade sem esforço
Amor sem paixão.
Era oasis distante no deserto interminável.
Ás vezes não era nada.
Algo novo virá.

Deixa chegar o sonho/ prepara uma avenida/ Que a gente vai passar.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Sublimar

A imagem se desfaz. 
Talvez não seja pela mudança dela, mas sim pelas palavras, pelos olhares, pela recusa de admitir ter sido bom. É como se fosse uma sublimação forçada desse sentimento ruim. E, que, talvez, não seja tão ruim.
A constatação da não mais existência desse amor romântico dói. É incomensurável.
É como desconstruir o único porto que eu frequentava. Fazer o mar desandar.
Já que falei em dor... É sentimento único, é sentimento meu. Sentimento que não povoa você, sentimento que não te assola.
Tá tudo tão chato, homem. Tá tudo tão confuso.
A vida fica assim sem você.

"Talvez eu deva ser forte, pedir ao mar por mais sorte e aprender a navegar."