Todo dia tem de terminar assim? Só, nesse quarto pequeno, nessa cama desforrada?
Esqueço de toda singularidade das horas anteriores e escolho sofrer o ardor do meu próprio silêncio. Toda dor silencia.
Tudo é silêncio, para que, no dia seguinte, logo ao amanhecer, deite sobre o meu corpo, o som que eu escolher. O som que eu eleger como som do meu dia! E dessa forma, quebrando o desagradável companheiro, eu possa acordar e - verdadeiramente - acordar.
Recomeçar todo o ritual: Viver, sorrir, amar, cansar, silenciar... relembrar!