segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Foto-grave


Alinha teu corpo com o sol e deixa que devagarzinho, fingindo não querer, eu fotografe sua alma. Foto-grave seu amor, seus medos, sua dor.
Na foto, sem cor e nem alma, fiquem apenas os rabiscos da agonia e da incerteza.
Grave, meu amor, o que for ficar de bom do nosso dom de amar e esperar.
Esperar tudo passar, esperar a foto colorir e sorriso voltar.

3 comentários:

  1. Que bonito! Gostei bastante.
    Enquanto lia tamanha sensibilidade, percebia tamanha dificuldade em eu mesma escrever algo assim. Descobri uma meta para os próximos dias: sentir mais.
    Beijo, Alê.

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